domingo, novembro 30, 2003

Reforma da Imprensa regional em vigor no Início de 2004


A nova legislação que reformula os apoios a dar à imprensa regional deverá entrar em vigor nos primeiros meses de 2004, afirmou anteontem o secretário de Estado para a Comunicação Social, Feliciano Barreiras Duarte, durante um encontro dedicado aos "media" na diáspora que se realizou em Gaia.

Veremos como serão distribuídos esses apoios. É que, a imprensa dita "menor" já merece e necessita desses mesmos apoios.

sábado, novembro 29, 2003

Treze directores de órgãos de comunicação social assinaram ontem uma declaração de princípios relativa à cobertura de processos judiciais, patrocinada pela Alta Autoridade para a Comunicação Social, que visa evitar que tanto os "media" como a Justiça cometam excessos no quadro do chamado processo Casa Pia e de outros julgamentos de interesse público.

São eles: "Correio da Manhã", "Diário de Coimbra", "Jornal de Notícias", NTV, "O Primeiro de Janeiro", Rádio Comercial, Rádio Renascença, RDP/RTP, "Semanário", SIC, SIC Notícias, TVI e "Visão". Nos próximos dias, o documento deverá ser subscrito pelos responsáveis de "A Capital", "Expresso", Lusa, "O Comércio do Porto", "O Independente", PÚBLICO, "Tal & Qual", TSF, "Vida Económica" e "24 Horas".

Pontos principais da Declaração
Será que a Internet já permite que o jornalismo supere o histórico problema de tempo e espaço?
Em muito breve será necessário reinventar o jornalismo, tanto no que diz respeito ao conteúdo, quanto no que diz respeito especificamente ao negócio dos produtos jornalísticos?

Pergunta colocada por Maria Elisa no grupo Jornalistas da Web.

Aceitam-se comentários.

segunda-feira, novembro 24, 2003

O futuro do jornalismo


A resposta está aqui, segundo um estudo feito recentemente.
No documento, pode ler-se que "... Newspapers are created by journalists, who now have to master a new set of tools to be able to make use of the online medium in the most relevant way. On the one hand, the Internet offers new ways of collecting and reporting information, and the integration of Internet access into the newsroom and economisation of the news gathering process will dominate future news production.

On the other hand, making use of the medium to publish newspapers also requires a completely new set of skills, one that at this point few journalists have. They have to learn how to organise stories into structures conducive to interactive reading online. They might need to learn about using audio, video, animations, interactive maps, and databases.
"

Dica de Jornalistas da Web

domingo, novembro 23, 2003

Parem lá com isso


Este artigo, publicado na edição de hoje do Público, é assinado por Mário de Carvalho, jornalista e operador de câmara da CBS News.
Uma interessante forma de ver e olhar a guerra aos olhos de alguém que só tem experiência sobre o assunto.

sábado, novembro 22, 2003

Hebe Camargo pode ser processada por ferir a Lei de Imprensa


A apresentadora Hebe Camargo, do SBT (Brasil), pode ser processada por ferir a Lei de Imprensa. Isso porque Hebe afirmou, durante um dos seus programas, que mataria o menor que assassinou a adolescente Liana Friendenbach e seu namorado Felipe Caffé.
A apresentadora afirmou: “Viu, Champinha, eu vou fazer uma entrevista com você. Vou mesmo. Se me deixarem, eu vou. Mas vou armada. Eu saio de lá e vou para a cadeia, mas vivo ele não fica". A apresentadora salientou ainda que gostaria de cortar o menor em pedaços.

O Ministério Público brasileiro pediu uma cópia do programa e vai analisar o que foi dito por Hebe. Ela pode ser acusada de “incitar a prática de infracção às leis penais”.
A assessoria de imprensa da apresentadora diz que ela “agiu como qualquer pessoa indignada com a situação”.

Dica de Revista Imprensa.


É, decerto, um excesso de opinião; no entanto, vamos ver no que vai dar.

quinta-feira, novembro 20, 2003

Registo hoje, 4011 visitas. Agradeço, por isso, a visita de todos os que por aqui têm passado e/ou continuam a passar.

Jornalismo Fardado

O novo Jornalismo Fardado


Vai ser lançado no próximo dia 25 de Novembro, o livro “O Novo Jornalismo Fardado, El País e o Nacionalismo Basco”, de Angel Rekalde e Rui Pereira.
O livro será apresentado na Casa da Animação - R. Júlio Dinis, edifício Les Palaces, no Porto) pelo jornalista do Jornal de Notícias e presidente do Sindicato dos Jornalistas, Alfredo Maia, seguindo-se um debate aberto com os autores.
No dia seguinte, 26, haverá uma sessão aberta, na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, embora predominantemente destinada a estudantes do Curso Superior de Jornalismo e Ciências da Comunicação, com a participação dos autores.

Centrado num dos mais prestigiados e insuspeitos órgãos da imprensa europeia, este livro constitui a anatomia de uma oculta operação de propaganda e manipulação tão vasta e inimaginável quanto ignorada.

Face ao desafio independentista, há que traçar um plano profundo e meditado, de curto, médio e longo prazo. Há que organizar sempre dentro dos limites do Estado de Direito, uma operação global em sentido contrário àquele que os bascos sofreram. Há que dedicar durante duas ou três décadas, muitos milhares de milhões de pesetas anuais para financiar um plano que se estenda das histórias aos quadradinhos às séries de televisão, das escolas à cátedra da universidade, dos empregados aos empresários, da divulgação popular à investigação científica, dos serviços de informações às mais subtis engrenagens das forças de segurança. A História, a verdade e a razão estão com a unidade de Espanha [...] e é necessário penetrar todos os tecidos do povo basco de forma sistemática, estudada e bem financiada, com a grande verdade histórica do ser espanhol para reconstruir o leito comum da pátria”.

Este livro, do Campo das Letras pode ser encomendado pelo telefone 22 608 08 70, por e-mail, ou por correio: Campo das Letras – Editores, S. A., Rua D. Manuel II, 33 – 5º / 4050-345 Porto.
O livro tem 192 páginas e custa 14.28 Euros.

quarta-feira, novembro 19, 2003

Ser jornalista é...


A resposta está aqui.
Curiosa, é a tabela de remunerações.
Futuros jornalistas


Por Marcelo Paes

Futuros jornalistas. O principal inimigo do escritor é a folha em branco. Nela, tudo pode ser feito. Obras primas e as maiores barbaridades podem ser colocadas no papel e lidas por milhares de pessoas. No jornalismo a ideia é semelhante. A diferença é que o jornalista tem uma obrigação que o escritor não tem necessariamente: a verdade.

Quase todo o estudante de jornalismo é idealista ao ponto de querer mudar o mundo com seus textos. Isso não é nada fácil. O jovem jornalista ainda não sabe que vai ter que passar por cima de muitos problemas para ver o seu texto publicado, vai ter muitas dores de cabeça, vai ter algumas decepções, e vai acabar pensando que está trabalhando no ramo errado. Mas isso é normal, afinal o médico não tem que estudar em cadáveres inertes para poder aprender a lidar e curar um ser humano?

Se falarmos com jornalistas experientes, eles dirão que já passaram por muitas "histórias" antes de se tornarem as figuras de destaque que são hoje. O defeito do aprendiz de jornalista é pensar que vai acabar o curso e estar apto para entrevistar o presidente da República ou partir rumo aos Estados Unidos para ser correspondente internacional. Talvez alguns desses jovens façam melhor trabalho do que muitos profissionais que estão por aí. Mas, de certa forma, é compreensível, sem deixar de ser preocupante, que um grande jornal prefira uma pessoa com experiência a um jovem que "só" tem o curso superior de jornalismo.

A minha recomendação para quem quer crescer na profissão é não parar. Escrever muito e sempre para não perder o estilo e a forma, e ler mais ainda para aprimorar a escrita e atualizar os "arquivos" mentais. Um jornalista mal informado é como uma costureira sem agulhas. Por mais que tenha talento e os melhores materiais, não consegue produzir nada. É importante saber se o Flamengo ou o Corinthians perdeu no final de semana, mas também não custa nada ficar sabendo porque o Brasil vai sair prejudicado com a crise mundial. Toda a informação é importante, é bagagem que nunca vamos deixar para trás.

O mercado de trabalho é outro dos problemas, já cheguei a ver muitos dos meus amigos e amigas desistirem do jornalismo por causa disso. Não vou negar que é um assunto sério, mas também não vou recomendar que fechem os cursos de jornalismo por uns 5 anos para dar vazão aos profissionais que estão aí. Assim como em outras áreas empresariais, é preciso investir em si próprio, fazer cursos, falar línguas, ter um "algo mais", fazer a diferença. Imagine se você fosse pintar a sua casa e aparecessem 20 pintores com as mesmas características. Qual deles chamaria? Qualquer pessoa responderia que contrataria o que tivesse melhores qualificações, afinal ninguém gostaria que um serviço simples ficasse mal feito. A situação nos órgãos de comunicação é parecida. Os patrões querem alguém com capacidades para manter o nível do jornal, televisão ou rádio e atrair novos consumidores daquele produto. Cabe ao jovem jornalista fazer com que não haja outra escolha para a vaga em questão senão ele próprio.

Não esqueça também os colegas e amigos da faculdade. Eles não são apenas para a diversão e as "baladas". Podem também ser a chave para uma oportunidade futura. Quando o curso acaba, cada um vai para o seu lado, mas não custa nada manter o contacto com alguns colegas. Muitas vezes eles sabem de coisas que nós ainda não sabemos. E, na vida, assim como no jornalismo, a informação é uma arma, quem a tem já parte com vantagem em relação aos outros.

E o mais importante de tudo é trabalhar com amor. Escrevo esse texto com um brilho nos olhos e espero que o leitor também se entusiasme com essas palavras.

Dica de Parem as máquinas.

terça-feira, novembro 18, 2003

Contrata��o de jornalistas

É uma boa notícia e vem publicada na edição de ontem do Público.

Intitulada “Governo prepara apoio à contratação de jornalistas pela imprensa regional”, a notícia refere que “O Governo está a ultimar um sistema de incentivos à contratação de jornalistas e outros profissionais pela imprensa regional que poderá levar a criação de centenas de postos de trabalho em jornais e rádios locais. Os salários dos profissionais a contratar serão parcialmente suportados pelo Estado durante três anos, diminuindo progressivamente o apoio entre o primeiro e o terceiro ano do programa”. Mais à frente pode-se ler que “O objectivo deste «período de transição» de três anos é apoiar a mudança do actual modelo «amador e proteccionista» da imprensa regional para um «modelo empresarial» em que a tendência deve ser a diminuição progressiva da presença do Estado”. Aliás, o secretário de Estado da Comunicação Social, Feliciano Barreiras Duarte afirmou que “a proposta do Governo é clara: uma nova entidade reguladora, que centralize competências dispersas por várias entidades, a começar pela Alta Autoridade para a Comunicação Social, pela Autoridade Nacional das Comunicações e pelo Instituto da Comunicação Social”.

O texto pode ser lido na íntegra, aqui.


Pode-se dizer que algo está a ser feito em prol de um tipo de jornalismo cada vez mais em expansão. Resta saber como é que essa proposta vai ser implementada e se será fiscalizada nas melhores condições. É que, os barões da imprensa nem estão à espera de algo semelhante para "se candidatarem" a esses fundos!!!
Aguardo outros comentários, como é óbvio.

sábado, novembro 15, 2003

Jornalistas portugueses no Iraque


O dia de ontem foi de angústia para o jornalismo português: Maria João Ruela levou um tiro no Iraque; Carlos Raleiras foi raptado no mesmo sítio.
Sejamos solidários.
Numa altura em que a TSF anuncia que Carlos Raleiras foi encontrado, o Sindicato dos Jornalistas (SJ) considera que o Governo é o principal responsável pela falta de condições de segurança dos jornalistas portugueses no Iraque. Em comunicado, o SJ alerta ainda para a necessidade de as empresas garantirem aos jornalistas uma melhor preparação para este tipo de missões.
Reloura, um dos membros do grupo Jornalistas da Web, enviou o seguinte comentário, sob o título "fim do jornal impresso e da ditadura do lide?"

"Especialistas em veículos comunicacionais,intusiastas da internet e defensores do chamado "jornalismo literário" ou "new journalism" afirmam que se o jornal impresso, tal como conhecemos, não mudar radicalmente suas estruturas textuais em poucos anos estes só serão encontrados em museus. O motivo seriam as "novas tecnologias" mais rápidas, dinâmicas, interativas e, muitas vezes, gratuitas.
Com o modelo da pirâmede inversa, com lide, sublide, a ditadura da pauta , matérias cada dia mais curtas e descartáveis, fotos compradas de agências internacionas, ou seja todos os jornais publicam a mesma coisa, e com a "teoria da falta-de-tempo-e-saco-do-brasileiro-para-ler"o jornal impresso torna-se um meio de comunicação que tem noticiado tudo as que os outros veículos já noticiaram no dia anterior sem acrescentar ou se aprofundar muito em nada, ou seja, algo dispensável!
Uma das alternativas, por eles apontadas, para a sobrevivência deste importante meio seria a adoção de grandes reportagens, matérias investigativas mais detalhadas com uma narrativa mais literária do que propriamente jornalística, ou seja, sem lide e sublide com poucas "short-news" já que essas os outros meios já dão.
Defensores do lide afirmam que ninguém tem mais tempo e paciência para ler matérias grandes e se alguém quizer saber mais detalhes sobre um assunto noticiado durante a semana é só recorrer a uma revista semanal ( que por sinal adotam a mesma técnica de redação dos jornais diários com os mesmos lides e coisa e tal).
Então seria este mesmo o fim do jornal impresso, o veículo em que os consumidores mais confiam?O fim do hábito da leitura em bancos de praças e lotações? O final do grande jornalismo?Ou será que há realmente espaço, mercadologicamente falando,para as grandes reportagens?"

Por seu lado, Raphael Perret, considerou que "A maior parte do conteúdo das revistas é formada por reportagens, que têm uma estrutura técnica diferente da noticia tradicional, que usa o modelo da pirâmide invertida. As reportagens se aproximam muito mais do new journalism, já que contam histórias com um aprofundamento maior que o da notícia. O maior exemplo é a Veja, que tem uma redação perfeita (estou falando de forma, não de conteúdo :-), sem utilizar lide, sublide ou qualquer outra aracterística do modelo da pirâmide invertida. Até porque os textos são quase editorializados, impedindo que se utilize a objetividade do lide.
Quanto ao "fim do jornalismo impresso", não gosto de profecias, mas acho que mudanças deverão ser implantadas como as que ocorreram há algumas décadas, quando os jornais se viram ameaçados pela TV. Acho que isso acontecerá naturalmente e os jornais continuarão a existir, mesmo com rádio, TV, World Wide Web e tudo o que vier".

Aguardam-se outros comentários...

domingo, novembro 09, 2003

O destaque de hoje vai para o Diário de Notícias.
Na edição deste domingo, vem um dossier onde se publica a opinião que os portugueses têm sobre o jornalismo que é feito actualmente em Portugal, assim como o tratamento jornalístico que é dado a alguns casos.
Para além disso, ainda se pode ler uma entrevista com Joaquim Letria que considera que "As televisões são mais permeáveis à manipulação".

sexta-feira, novembro 07, 2003

Sondagem indica que maioria acredita nos jornalistas

Sondagem indica que maioria acredita nos jornalistas


Na sec��o de Media do P�blico de hoje, vem um artigo onde se pode ler o seguinte:
A grande maioria dos portugueses acredita na Comunica��o Social, mas considera que os jornalistas agiram mal ao divulgarem o conte�do de escutas telef�nicas a dirigentes do PS no �mbito do processo Casa Pia, revela uma sondagem da TNS Euroteste, ontem divulgada pela revista "Vis�o". Entre os inquiridos, 77 por cento acredita no que relata a Comunica��o Social e dez por cento declara n�o acreditar. Entre os que afirmam acreditar, dez por cento diz que cr� "totalmente", enquanto 67 por cento afirma acreditar apenas "em parte" nos �rg�os de comunica��o social. Oito por cento dos entrevistados n�o acredita "em parte" do que l� e v�, enquanto a mesma percentagem de inquiridos diz-se descrente da totalidade das informa��es divulgadas. Seis por cento escolheram a resposta "n�o acredita, nem deixa de acreditar" e um por cento n�o soube ou n�o quis responder. A maioria dos inquiridos do estudo - baseado em 600 entrevistas - discorda, contudo, da divulga��o pelos "media" das escutas telef�nicas feitas aos dirigentes do PS. Um grupo de 42 por cento acha que foi negativa a op��o de divulgar as escutas, contra 37 por cento que entende o contr�rio.