Lugar de foca n�o � mais na Pol�cia, mas na Internet
Por Jo�o Carlos Firpe Penna, Jornalista e professor de Jornalismo
1985: Aprendi a ser jornalista ouvindo frases do tipo: "Lugar de foca � na (editoria de) Pol�cia"; "rep�rter que n�o passa por redac��o (da grande imprensa) n�o ser� nunca um jornalista completo"; "o bom rep�rter tem que ir para a rua cavar mat�ria".
1990: alguns anos depois de formado (e de ter ido trabalhar num jornal di�rio) eu fui professor de jornalismo recitando essa cartilha. Cheguei a dizer na sala, lembro-me, que todo jornalista precisava 'ter tinta na veia'.
1995: o Brasil come�a a entrar de vez para o maravilhoso mundo da Tecnologia da Informa��o, e o jornalismo vive, mesmo que involuntariamente, um processo r�pido - ainda que nebuloso - de busca de novas formas de express�o.
2000: a Internet torna-se uma realidade irrevers�vel na sociedade, assim como a TV por cabo, telem�veis, a informa��o em tempo real e os ambientes virtuais de comunica��o.
Hoje: o jornalismo vive uma fant�stica mudan�a de paradigmas, envolvendo todas essas fases descritas. Falta aos jornalistas, contudo, uma percep��o mais cristalina dessa transforma��o.
Ou seja, lugar de rep�rter n�o � mais necessariamente na pol�cia, nem mesmo necessariamente nas reda��es insalubres e muito menos necessariamente nos botequins da madrugada ap�s uma exaustiva jornada de trabalho.
Evidentemente que n�o se trata de desmerecer o trabalho dos profissionais que continuam a carregar a m�dia di�ria nas costas. Mas j� � poss�vel ser feliz sem passar necessariamente por tudo isso. N�o � preciso mais (se � que um dia foi) acompanhar a ronda da PM na noite para aprender a ser jornalista de verdade.
O jornalismo entra no S�culo XXI de peito aberto para um mundo muito mais ecl�tico e diversificado, menos preconceituoso, repleto de oportunidades, aberto para o desconhecido e para novas possibilidades. Enfim, um mundo onde � poss�vel ser mais alegre com a cria��o jornal�stica, em ambientes menos "emburrecedores" e mais produtivos.
S� para registar o �bvio, hoje o mercado j� pede rep�rter para trabalhar em revistas virtuais e para fazer coberturas online. E essas demandas j� corriqueiras s�o apenas a ponta do iceberg da montanha de possibilidades que est�o por vir.
Cabe a n�s, jornalistas (velhos, maduros, experientes, desiludidos, novos, estagi�rios, estudantes de in�cio de curso) partirmos em busca do novo e do desconhecido.
Para captar de verdade a for�a da express�o "mudan�a de paradigma'" � preciso, sem d�vida, um pouco de ousadia. Uma ousadia que deve vir atrelada � compet�ncia e ao profissionalismo.
Dica de Jornalistas da Web
1985: Aprendi a ser jornalista ouvindo frases do tipo: "Lugar de foca � na (editoria de) Pol�cia"; "rep�rter que n�o passa por redac��o (da grande imprensa) n�o ser� nunca um jornalista completo"; "o bom rep�rter tem que ir para a rua cavar mat�ria".
1990: alguns anos depois de formado (e de ter ido trabalhar num jornal di�rio) eu fui professor de jornalismo recitando essa cartilha. Cheguei a dizer na sala, lembro-me, que todo jornalista precisava 'ter tinta na veia'.
1995: o Brasil come�a a entrar de vez para o maravilhoso mundo da Tecnologia da Informa��o, e o jornalismo vive, mesmo que involuntariamente, um processo r�pido - ainda que nebuloso - de busca de novas formas de express�o.
2000: a Internet torna-se uma realidade irrevers�vel na sociedade, assim como a TV por cabo, telem�veis, a informa��o em tempo real e os ambientes virtuais de comunica��o.
Hoje: o jornalismo vive uma fant�stica mudan�a de paradigmas, envolvendo todas essas fases descritas. Falta aos jornalistas, contudo, uma percep��o mais cristalina dessa transforma��o.
Ou seja, lugar de rep�rter n�o � mais necessariamente na pol�cia, nem mesmo necessariamente nas reda��es insalubres e muito menos necessariamente nos botequins da madrugada ap�s uma exaustiva jornada de trabalho.
Evidentemente que n�o se trata de desmerecer o trabalho dos profissionais que continuam a carregar a m�dia di�ria nas costas. Mas j� � poss�vel ser feliz sem passar necessariamente por tudo isso. N�o � preciso mais (se � que um dia foi) acompanhar a ronda da PM na noite para aprender a ser jornalista de verdade.
O jornalismo entra no S�culo XXI de peito aberto para um mundo muito mais ecl�tico e diversificado, menos preconceituoso, repleto de oportunidades, aberto para o desconhecido e para novas possibilidades. Enfim, um mundo onde � poss�vel ser mais alegre com a cria��o jornal�stica, em ambientes menos "emburrecedores" e mais produtivos.
S� para registar o �bvio, hoje o mercado j� pede rep�rter para trabalhar em revistas virtuais e para fazer coberturas online. E essas demandas j� corriqueiras s�o apenas a ponta do iceberg da montanha de possibilidades que est�o por vir.
Cabe a n�s, jornalistas (velhos, maduros, experientes, desiludidos, novos, estagi�rios, estudantes de in�cio de curso) partirmos em busca do novo e do desconhecido.
Para captar de verdade a for�a da express�o "mudan�a de paradigma'" � preciso, sem d�vida, um pouco de ousadia. Uma ousadia que deve vir atrelada � compet�ncia e ao profissionalismo.
Dica de Jornalistas da Web
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