quarta-feira, dezembro 31, 2003

APCT

A Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação divulgou ontem os dados das vendas dos jornais em Portugal.

O "Correio da Manhã" manteve a liderança das vendas entre os jornais diários generalistas nos primeiros nove meses de 2003, seguido de perto pelo "Jornal de Notícias".

Neste segmento, apenas os jornais populares registaram aumento de vendas nos três primeiros trimestres do ano: o "24 Horas", 36,24 por cento; e o "Correio da Manhã", 16,02 por cento. Mas as vendas do primeiro baixaram no terceiro trimestre face aos meses precedentes, enquanto as do "Correio da Manhã" subiram.

A posição relativa entre o "Diário de Notícias" e o "24 Horas" inverteu-se face aos valores de há três meses, tendo o primeiro recuperado o quarto lugar nas vendas de diários generalistas, mas apenas 27 exemplares acima dos 49.033 do "24 Horas", o que acaba por ser um "empate técnico".

Face a igual período de 2002, os dados agora conhecidos representam uma subida de 16 por cento para o "Correio da Manhã" e uma descida ligeira, de 0,53 por cento, para o "Jornal de Notícias", alargando-se o intervalo que separa os dois títulos para 7289 exemplares, quando em Junho era de apenas 4289.

Outra distância que se alargou foi a que separa o "Público", que mantém a terceira posição, do "Diário de Notícias", em quarto lugar na circulação paga (que inclui as vendas em banca e as por assinatura). Os valores relativos aos primeiros três trimestres do ano representam uma descida homóloga de 0,97 por cento para o "Público" e de 7,18 por cento para o "DN", o que alarga a distância entre os dois de 5127 exemplares de Janeiro a Junho para 6046 de Janeiro a Setembro.


Uma dúvida que me assola: estarão estes dados correctos, ou seja, os números que os jornais divulgam à APCT correspondem à realidade?

segunda-feira, dezembro 29, 2003

2004

O que reserva 2004 para o jornalismo portugu�s? Que volta seria necess�rio dar-se para que o nosso jornalismo se voltasse a escrever, de novo, com J mai�sculo?

Aceitam-se cr�ticas, d�vidas, opini�es e pareceres. Basta comentar ali em cima ou enviar-me um e-mail.

segunda-feira, dezembro 15, 2003

Nos últimos anos publicaram-se dezenas de títulos relacionados com os "media" e o jornalismo, num claro contraponto com um passado ainda recente. Só a Colecção Comunicação, da editora Minerva Coimbra, subdividida nas séries Jornalismo, Media e Teorias, publicou uma trintena de livros desde 1997.
Para além disso têm aparecido, em várias editoras, colecções dedicadas a estas temáticas, que vão lançando regularmente novos títulos.

Os artigos podem ser lidos na secção de Media da edição de ontem do Público.

Este é um bom sinal, numa altura em que este sector atravessa algumas dificuldades no nosso País...

sábado, dezembro 13, 2003

A propósito desta questão da Obrigatoriedade do Diploma de Jornalismo, novas opiniões foram colocadas nos grupos Jornalistas da Web e Defesa do Jornalismo.

Deixo aqui algumas delas:

Eduardo Henrique Furlan considera que "...entristecidos ficamos quando vemos outra decisão como esta, quanto será que estão ganhando estes juizes? É triste saber que novamente teremos que brigar para sermos reconhecidos como verdadeiros profissionais, e que o jornalista necessita de formaçao superior específica em jornalismo!"

Ricardo Ishmael escreveu que "Notícia é bem simbólico e, por isso mesmo, cultural. É
instrumento de formação, não mercadoria barata, produto cuja fabricação dispensa conhecimentos "acadêmicos". Formar opinião requer cuidado, responsabilidade, exige ética, compromisso e respeito para com o público. Um diploma, evidentemente, não garante a execução correta do jornalismo, não é passaporte para a isenção. Mas é um indício... Sugere o envolvimento do indivíduo em discussões de grande importância para a actuação profissional. Transmitir informação, servir como intermediário entre factos e públicos não é uma tarefa "qualquer", um ofício que prescinde formação acadêmica. Repudiemos a atitude de meia dúzia de juristas, magistrados enclausurados em salas e gabinetes refrigerados, alheios à vida que pulsa nas ruas e, quem
sabe até, aos impactos de uma postura parcial em cada uma de nossas vidas.
"

Vanderlei Abreu de Paulo, Editor-chefe da Central de Negócios em RH Editora & Marketing é de opinião que "É uma pena que esse assunto venha à tona novamente, justamente num momento em que o Presidente do STF, Maurício Corrêa, tenta fazer um trabalho para resgatar a credibilidade do Judiciário.
Sou contra qualquer tipo de corporativismo. Há jornalistas brilhantes que não têm diploma, simplesmente porque o curso sequer existia quando começaram a exercer a profissão e, quando de sua regulamentação, conseguiram o registro no Ministério do Trabalho. Para parar com essas idas e vindas na Justiça, a FENAJ devia era se mobilizar para criar o Conselho Federal de Jornalismo. Uma aberração é existir o Conselho Federal e Conselhos Regionais de Relações Públicas e o mesmo não acontecer com nossa profissão.
"

Aceitam-se outros comentários, é claro...

quinta-feira, dezembro 11, 2003

Justiça anula obrigatoriedade de diploma de jornalismo


O juiz Manoel Álvares, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (Brasil) restabeleceu, no passado dia 2, a decisão judicial que anulou a obrigatoriedade de diploma para o exercício da profissão de jornalista.

Por conta disso, as delegacias regionais do trabalho ficam obrigadas a emitir o registo profissional mesmo para pessoas que não tenham o diploma. Álvares manteve a sentença da juíza Carla Abrantkoski Rister, da 16ª Vara Cível, que havia sido suspensa em 23 de Julho, pela desembargadora federal Alda Basto.

Em sua argumentação, o juiz afirmou que enquanto não houver uma decisão judicial em instância superior, os jornalistas não diplomados sofreriam danos irreparáveis ao serem "impedidos de exercer suas actividades".

O juiz declarou que o recurso da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repete os argumentos usados - e já rejeitados por ele - contra a liminar concedida em Outubro de 2001 pela juíza Carla Rister, suspendendo, antes da apreciação do mérito, a obrigatoriedade do diploma.

A Fenaj fica então obrigada a emitir a Carteira Nacional de Jornalista, sem qualquer restrição aos beneficiados pela sentença, sob pena de multa.

A suspensão da exigência de curso de jornalismo ainda é provisória. O caso pode até chegar ao Supremo Tribunal Federal.

Dica de Último Segundo

terça-feira, dezembro 09, 2003

Carlos Chaparro, professor de jornalismo da Universidade de São Paulo publicou recentemente o artigo "Precisamos, sim, do jornalismo idealista". Nesse artigo, Chaparro considera que "...Comparado com o de antigamente, o jornalismo de hoje tem problemas novos, que reclamam novas competências, que exigem, por sua vez, ferramentas conceituais e habilidades mais sofisticadas. Até por isso, precisamos, sim, de profissionais (de todas as idades) que busquem e continuem a acreditar no idealismo que vincula o jornalismo à elaboração de um mundo ético..."

Dado o tamanho do artigo, não o publicarei aqui na sua íntegra. Se alguém pretender uma cópia, basta enviar-me um e-mail
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quinta-feira, dezembro 04, 2003

Sociedade brasileira dos pesquisadores de Jornalismo


Foi realizada, no passado dia 29 de Novembro, na Universidade de Brasília a assembleia de fundação da Sociedade Brasileira dos Pesquisadores de Jornalismo. Esta entidade terá um papel importante no estímulo à pesquisa em jornalismo, que vem crescendo muito nos últimos anos. Segundo dados oficiais, em 1993, não havia qualquer grupo de investigação nesta área, mas em Junho de 2003, a entidade que fomenta a pesquisa científica no país já tinha registrados 47 núcleos dedicados ao jornalismo.

Para quando algo do género, aqui em portugal???