quinta-feira, janeiro 29, 2004

Metade dos cibernautas "troca" Jornais pelas not�cias na Internet

Metade dos cibernautas "troca" Jornais pelas not�cias na Internet


Os cibernautas portugueses est�o a recorrer mais aos �sites� e portais de informa��o na Internet para se manterem a par das not�cias di�rias, em detrimento da consulta dos jornais. Mas a esmagadora maioria (71 por cento) declara que n�o est� disposta a pagar pelos conte�dos actualmente oferecidos.

Um estudo da Netsonda indica que quase metade (49 por cento) dos utilizadores de Internet que �navegam� nos �sites� noticiosos �l� imprensa em papel com menos frequ�ncia do que lia anteriormente�. Desses, 31 por cento do total fazem-no com �menos frequ�ncia� do que antes e 18 por cento com �muito menos frequ�ncia�.

Para ler o texto na �ntegra, clicar aqui


Querer� isto dizer alguma coisa? Estar� o jornalismo amea�ado? Aceitam-se coment�rios.

quarta-feira, janeiro 28, 2004

Gravar conversas telefónicas no PC


Sabia que já é possível usar o computador para gravar conversas telefónicas? Para os jornalistas, é muito mais prático e barato do que usar um gravador convencional, além de ter uma capacidade de gravação de centenas de horas, visto que o áudio é gravado num arquivo no disco rígido. Além disso, podem-se ainda converter os arquivos de áudio para .mp3, para ocuparem menos espaço no disco rígido, ou até mesmo gravar os arquivos como um CD de áudio para que as conversas telefónicas gravadas possam ser ouvidas em qualquer CD player.

Dica de Clube do Hardware


É a tecnologia ao serviço do jornalismo. Ou será que é o jornalismo ao serviço da tecnologia? Aceitam-se comentários.

quinta-feira, janeiro 22, 2004

Debate no SJ aponta necessidade de reflexão e de firmeza de princípios


O debate realizado na noite de 20 de Janeiro, na sede Sindicato dos Jornalistas (SJ), foi mais um passo para definir uma posição da classe sobre as condições actuais do exercício da profissão e da problemática do segredo de justiça e da protecção das fontes
A abrir a sessão, o presidente da Direcção do SJ, Alfredo Maia, sublinhou a gravidade e complexidade dos problemas com que os jornalistas hoje estão confrontados, enfatizando a necessidade de uma análise serena acerca da "responsabilidade ética, civil e criminal dos jornalistas".

Frisando que os jornalistas não estão acima da lei, apelou à reflexão de toda a classe sobre o assunto, para que em breve seja possível chegar a conclusões e encontrar soluções para os problemas do jornalismo actual e do seu relacionamento com a justiça.

Colisão entre segredo de justiça e sigilo profissional

Abordando os aspectos legais da questão, o advogado Horácio Serra Pereira salientou a clivagem que existe entre a doutrina jurídica e a jurisprudência quanto ao entendimento de quem está sujeito ao segredo de justiça, comentando que a tendência actual favorece a primeira.

De acordo com a linha de pensamento de alguma doutrina jurídica, qualquer pessoa que tenha contacto com um processo e divulgue informações nele contidas, mesmo não sendo entidade judiciária, é passível de incorrer no crime de violação do segredo de justiça. Na prática, esta leitura leva a que o jornalista possa ser sempre intimado a revelar as suas fontes, o que reduz a protecção do sigilo profissional do jornalista.

Ainda segundo o advogado do SJ, esta tendência doutrinária contraria as recomendações do Conselho da Europa para uma maior protecção ao sigilo profissional dos jornalistas.

Não existem “segredos sagrados”

Na sua intervenção, o presidente do Conselho Deontológico, Oscar Mascarenhas, alertou para o facto de as leis não terem sido feitas para proteger o jornalista, mas para permitir a liberdade de informação.

Por esse motivo, o jornalista tem de ponderar bem se a informação que lhe foi dada por uma fonte confidencial vale a pena o risco de ir preso, ou seja, se o interesse público de determinada informação justifica que o jornalista “dê o peito às balas” pela sua fonte.

“O sigilo profissional não é uma parede para proteger os jornalistas, mas para proteger as fontes”, sublinhou Oscar Mascarenhas, acrescentando que no exercício da profissão o jornalista tem de cumprir regras, como o uso do contraditório, e recusar-se a ser um mero prolongamento de uma das partes envolvidas, “um pé-de-microfone”.

Para o presidente do Conselho Deontológico não deve haver “segredos sagrados” para um jornalista, e este pode, em casos excepcionais, divulgar elementos de processos em segredo de justiça, designadamente para denunciar ilegalidades processuais.

Uma questão com muitos problemas

Aberto o debate, as intervenções traduziram a complexidade da temática em discussão.

Se, por um lado, parece consensual que o tratamento dado ao processo Casa Pia tem estado por vezes “muito próximo do jornalismo de sarjeta”, o que “não tem a ver com jornalismo” mas tem certamente a ver “com audiências e tiragens”, por outro lado, não se pode ignorar as condições concretas em que hoje se produz a informação, nomeadamente a precariedade de emprego.

No debate reconheceu-se que as ameaças à liberdade de imprensa não advêm apenas, nem sobretudo, da veiculação dos jornalistas ao segredo de justiça, mas também das condições de trabalho em que os jornalistas são forçados a desenvolver a sua actividade.

Os jornalistas são compelidos a acelerar os tempos de produção, ficando sem possibilidade de levar a cabo uma verdadeira investigação autónoma e para a necessária distanciação e reflexão sobre os dados em que assenta a informação que vão divulgar. Esta realidade tem-se agravado com a crescente concentração dos meios de informação nas mãos de um pequeno número de grupos económicos.

Trabalhar sem rede

Na reflexão promovida pelo SJ reconheceu-se igualmente que, em certos casos, tem faltado aos jornalistas a capacidade de autocrítica e que se têm cometido erros e imprudências que poderão vir a pagar-se caro, nomeadamente com alterações legislativas que restrinjam a liberdade de imprensa. Mas não deixou de se chamar a atenção para outro aspecto, também preocupante, que tem a ver com a interiorização de critérios comerciais por parte de jornalistas, o que resulta na convicção de que “o que vende bem é bom para noticiar”.

Como se afirmou durante o debate, “hoje em dia trabalha-se sem rede” e não se dá o devido acompanhamento aos jornalistas, em particular aos mais jovens, no seio das redacções. Por isso, considerou-se importante promover novos debates com a participação de professores de comunicação social e reflectir sobre a formação dos profissionais e candidatos a profissionais.

Nesse sentido, Alfredo Maia revelou que, no final de Fevereiro, irá ter lugar a I Conferência Nacional sobre Condições de Produção nos Média, na qual o Sindicato espera “reunir jornalistas, patrões e universidades, para discutir, entre outros assuntos, as concentrações empresariais e os direitos dos jornalistas”, num tempo em que “o tempo comercial está a cilindrar o tempo jornalístico”.

No final do debate, Oscar Mascarenhas lançou o repto a conselhos de redacção, jornalistas e professores de jornalismo para que discutam em conjunto com o Sindicato dos Jornalistas a questão das fontes confidenciais.

Fonte: Sindicato dos Jornalistas

Alguém comenta???

quarta-feira, janeiro 21, 2004

SJ e Ordem dos Advogados debatem relações entre os média e a justiça


O Sindicato dos Jornalistas e a Ordem dos Advogados, em reunião realizada hoje, manifestaram a sua determinação comum “de não enveredarem pela defesa corporativa dos direitos e garantias dos respectivos representados com prejuízo do conjunto de obrigações deontológicas das suas profissões”.

Pergunto: Se não vai o Sindicato dos Jornalistas zelar pela nossa defesa, quem vai???

quinta-feira, janeiro 15, 2004

SJ promove debate sobre limites à liberdade de Imprensa


A propósito da tão badalada questão dos limites à liberdade de imprensa (sinceramente, não vejo onde está o problema!!!), o Sindicato dos Jornalistas vai promover um debate relacionado com esta temática, aberto a todos os jornalistas, no próximo dia 20, às 21 horas, na sua sede, em Lisboa (Rua dos Duques de Bragança, n.º 7 - 2.º Andar).

Este debate terá como objectivo primordial, permitir uma reflexão sobre as condições actuais do exercício da profissão e os principais problemas que se colocam à classe, designadamente, no respeitante à protecção das fontes e ao segredo de justiça, em articulação com a liberdade de expressão.

quarta-feira, janeiro 14, 2004

A Federação Europeia de Jornalistas e a Federação Internacional de Jornalistas emitiram um comunicado de apoio aos jornalistas portugueses, Paula Martinheira e Manso Preto, que se recusaram a divulgar as suas fontes ao tribunal.

O documento considera que os dois casos portugueses "reflectem uma tendência crescente das autoridades de toda a Europa para assediar jornalistas de investigação", o que a não ser travado poderá revelar-se "devastador para a liberdade de imprensa e para a democracia".

Dica de Sindicato dos Jornalistas

terça-feira, janeiro 13, 2004

Mota Amaral

O presidente da Assembleia da Rep�blica afirmou ontem "peremptoriamente a sua frontal oposi��o a qualquer forma de censura � imprensa". Mota Amaral garantiu � direc��o do Sindicato dos Jornalistas que numa eventual altera��o da Lei de Imprensa "n�o est� minimamente em causa a liberdade de imprensa".

No entanto, real�ou que al�m da liberdade de imprensa tem que haver tamb�m uma "responsabilidade de imprensa". Ou seja, a imprensa tem que ser respons�vel nos actos que pratica e deve ser responsabilizada quando ultrapassa os limites legais. "� plena liberdade de imprensa deve corresponder efectiva e eficaz responsabilidade dos operadores da comunica��o social (empresas e jornalistas)", afirmou o gabinete do presidente numa nota � comunica��o social sobre o encontro com o sindicato.

domingo, janeiro 11, 2004

O Clube de Jornalistas, que acaba de festejar o seu 20º aniversário, vai ter um programa com o seu nome n´"A Dois". O programa será semanal, terá a duração de 50 minutos, irá para o ar aos domingos, às 19 horas e constituirá o único espaço existente nas televisões portuguesas dedicado exclusivamente ao mundo da informação.
Em estúdio estarão um pivot e três convidados que analisarão o tratamento dado pelos media nacionais e internacionais a grandes acontecimentos. Previamente, serão também gravadas pequenas reportagens e depoimentos de jornalistas e personalidades, de algum modo ligadas ao mundo da informação.
Ao longo das emissões serão abordadas, entre muitas outras, questões ligadas ao ensino do jornalismo, à imprensa regional, à imprensa desportiva, à memória do jornalismo, à utilização da língua portuguesa nos media nacionais, aos bastidores das redacções ou à legislação do sector.
O Clube de Jornalistas, que ao longo dos seus 20 anos de vida criou os Jogos de Jornalistas, os Prémios Gazeta (os mais prestigiados do País na área do jornalismo) e a Revista "JJ- Jornalistas e Jornalismo", inicia o ano de 2004 com duas novas iniciativas de grande alcance no mundo da informação em Portugal - este programa televisivo e um sítio na Net também destinado a analisar e a debater o mundo da informação em todas as suas vertentes.

Este programa conta com a participação da Escola Superior de Comunicação Social de Lisboa.

Coordenado por Ribeiro Cardoso, os entrevistadores serão Ribeiro Cardoso, Estrela Serrano, Maria Flor Pedroso e António Borga e tem, no Conselho Editorial, Mário Mesquita, Estrela Serrano, Fernando Correia, Eugénio Alves, Ribeiro Cardoso, António Borga, Maria Flor Pedroso, Carla Martins,Patricia Fonseca Daniel Ricardo. O Produtor delegado da RTP é João Pedro Rodrigues.

Jornalismo Jurídico em Aveiro

O Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração organiza, com o apoio do Sindicato dos Jornalistas, um curso de Jornalismo Jurídico, com início previsto para 30 de Janeiro.
O curso decorrerá até Junho, com um total de 120 horas, em suporte de blended-learning e sessões às sextas-feiras à noite e aos sábados de manhã.

O curso destina-se a jornalistas, a outros profissionais de comunicação e, ainda, a estudantes com o grau de bacharelato.

Para mais informações, assim como o respectivo programa, contactos e valores a pagar, basta clicar aqui.

sábado, janeiro 10, 2004

Liberdade de Imprensa


“O Sindicato dos Jornalistas não compreende qualquer alteração legislativa que conduza a maiores limitações à liberdade de imprensa”, afirmou em comunicado divulgado ontem, em que dá conta do seu pedido de uma reunião com carácter de urgência ao presidente da Assembleia da República, Mota Amaral, e à presidente da Comissão dos Assuntos Constitucionais, Assunção Esteves.

Por outro lado, Durão Barroso afirmou ontem, em Coimbra, que "não se justifica nenhuma limitação à liberdade de imprensa". "A liberdade de imprensa, para mim, é sagrada", insistiu, sublinhando que "o importante é aplicar as leis do Estado de Direito Democrático", afirmando que "todos nós, políticos, magistrados e jornalistas, estamos obrigados a cumprir a lei e a lei - não só a lei ordinária mas a própria Constituição - impõe o respeito pelo segredo de justiça".

Também Jorge Castro, num artigo de opinião publicado no Notícias Lusófonas, escreve que "... há sobejas provas de que alguns deles [Jornalistas] julgam que estão [acima da lei], tal a forma irresponsável como prestam o seu serviço. Na ânsia de uma boa manchete, assiste-se a (quase) tudo, menos a jornalismo.


Uma coisa é certa: onde é que está o segredo de justiça, neste País, e quem é que o cumpre? Por outro lado, muitos jornalistas usam e abusam da liberdade de imprensa para dizerem e fazerem tudo o que lhes vai na alma... ou estarei enganado???

terça-feira, janeiro 06, 2004

O sigilo jornalístico é um dever, não é um privilégio de classe


“O sigilo jornalístico consagrado na Constituição da República Portuguesa é um valor essencial à liberdade de informação”, afirma o Manifesto em defesa de Manso Preto e Paula Martinheira hoje divulgado pela Direcção e o Conselho Deontológico do Sindicato dos Jornalistas.
O documento lembra a situação em que se encontram Manso Preto e Paula Martinheira, dois profissionais a braços com a justiça por recusarem revelar as suas fontes de informação, e exorta os jornalistas “à observância intransigente de regras tão sagradas como o dever de sigilo”.

O manifesto pode ser lido na íntegra, aqui.

segunda-feira, janeiro 05, 2004

Congressos de Ci�ncias da Comunica��

Tr�s congressos de Ci�ncias da Comunica��o decorrer�o na Covilh�, de 21 a 24 Abril de 2004, reunindo as comunidades acad�micas lus�fonas e ib�ricas para tornar p�blico o estado da pesquisa cient�fica nos diferentes pa�ses e lan�ar pontes para a internacionaliza��o da respectiva investiga��o.
Dedicados aos temas da Informa��o, Identidades e Cidadania, os congressos, que decorrer�o na Universidade da Beira Interior (UBI), s�o o III Sopcom, organizado pela Sociedade Portuguesa de Ci�ncias da Comunica��o; o VI Lusocom, que reunir� investigadores portugueses, brasileiros e doutros pa�ses lus�fonos; e o II Ib�rico, centrado na an�lise da investiga��o efectuada em Portugal e Espanha.

Todos os interessados em apresentar comunica��es aos congressos t�m at� dia 31 de Janeiro para submeter as suas propostas aos coordenadores das 16 mesas tem�ticas que constituem os encontros.

Dica de Sindicato dos Jornalistas