Reloura, um dos membros do grupo Jornalistas da Web, enviou o seguinte comentário, sob o título "fim do jornal impresso e da ditadura do lide?"
"Especialistas em veículos comunicacionais,intusiastas da internet e defensores do chamado "jornalismo literário" ou "new journalism" afirmam que se o jornal impresso, tal como conhecemos, não mudar radicalmente suas estruturas textuais em poucos anos estes só serão encontrados em museus. O motivo seriam as "novas tecnologias" mais rápidas, dinâmicas, interativas e, muitas vezes, gratuitas.
Com o modelo da pirâmede inversa, com lide, sublide, a ditadura da pauta , matérias cada dia mais curtas e descartáveis, fotos compradas de agências internacionas, ou seja todos os jornais publicam a mesma coisa, e com a "teoria da falta-de-tempo-e-saco-do-brasileiro-para-ler"o jornal impresso torna-se um meio de comunicação que tem noticiado tudo as que os outros veículos já noticiaram no dia anterior sem acrescentar ou se aprofundar muito em nada, ou seja, algo dispensável!
Uma das alternativas, por eles apontadas, para a sobrevivência deste importante meio seria a adoção de grandes reportagens, matérias investigativas mais detalhadas com uma narrativa mais literária do que propriamente jornalística, ou seja, sem lide e sublide com poucas "short-news" já que essas os outros meios já dão.
Defensores do lide afirmam que ninguém tem mais tempo e paciência para ler matérias grandes e se alguém quizer saber mais detalhes sobre um assunto noticiado durante a semana é só recorrer a uma revista semanal ( que por sinal adotam a mesma técnica de redação dos jornais diários com os mesmos lides e coisa e tal).
Então seria este mesmo o fim do jornal impresso, o veículo em que os consumidores mais confiam?O fim do hábito da leitura em bancos de praças e lotações? O final do grande jornalismo?Ou será que há realmente espaço, mercadologicamente falando,para as grandes reportagens?"
Por seu lado, Raphael Perret, considerou que "A maior parte do conteúdo das revistas é formada por reportagens, que têm uma estrutura técnica diferente da noticia tradicional, que usa o modelo da pirâmide invertida. As reportagens se aproximam muito mais do new journalism, já que contam histórias com um aprofundamento maior que o da notícia. O maior exemplo é a Veja, que tem uma redação perfeita (estou falando de forma, não de conteúdo :-), sem utilizar lide, sublide ou qualquer outra aracterística do modelo da pirâmide invertida. Até porque os textos são quase editorializados, impedindo que se utilize a objetividade do lide.
Quanto ao "fim do jornalismo impresso", não gosto de profecias, mas acho que mudanças deverão ser implantadas como as que ocorreram há algumas décadas, quando os jornais se viram ameaçados pela TV. Acho que isso acontecerá naturalmente e os jornais continuarão a existir, mesmo com rádio, TV, World Wide Web e tudo o que vier".
Aguardam-se outros comentários...
"Especialistas em veículos comunicacionais,intusiastas da internet e defensores do chamado "jornalismo literário" ou "new journalism" afirmam que se o jornal impresso, tal como conhecemos, não mudar radicalmente suas estruturas textuais em poucos anos estes só serão encontrados em museus. O motivo seriam as "novas tecnologias" mais rápidas, dinâmicas, interativas e, muitas vezes, gratuitas.
Com o modelo da pirâmede inversa, com lide, sublide, a ditadura da pauta , matérias cada dia mais curtas e descartáveis, fotos compradas de agências internacionas, ou seja todos os jornais publicam a mesma coisa, e com a "teoria da falta-de-tempo-e-saco-do-brasileiro-para-ler"o jornal impresso torna-se um meio de comunicação que tem noticiado tudo as que os outros veículos já noticiaram no dia anterior sem acrescentar ou se aprofundar muito em nada, ou seja, algo dispensável!
Uma das alternativas, por eles apontadas, para a sobrevivência deste importante meio seria a adoção de grandes reportagens, matérias investigativas mais detalhadas com uma narrativa mais literária do que propriamente jornalística, ou seja, sem lide e sublide com poucas "short-news" já que essas os outros meios já dão.
Defensores do lide afirmam que ninguém tem mais tempo e paciência para ler matérias grandes e se alguém quizer saber mais detalhes sobre um assunto noticiado durante a semana é só recorrer a uma revista semanal ( que por sinal adotam a mesma técnica de redação dos jornais diários com os mesmos lides e coisa e tal).
Então seria este mesmo o fim do jornal impresso, o veículo em que os consumidores mais confiam?O fim do hábito da leitura em bancos de praças e lotações? O final do grande jornalismo?Ou será que há realmente espaço, mercadologicamente falando,para as grandes reportagens?"
Por seu lado, Raphael Perret, considerou que "A maior parte do conteúdo das revistas é formada por reportagens, que têm uma estrutura técnica diferente da noticia tradicional, que usa o modelo da pirâmide invertida. As reportagens se aproximam muito mais do new journalism, já que contam histórias com um aprofundamento maior que o da notícia. O maior exemplo é a Veja, que tem uma redação perfeita (estou falando de forma, não de conteúdo :-), sem utilizar lide, sublide ou qualquer outra aracterística do modelo da pirâmide invertida. Até porque os textos são quase editorializados, impedindo que se utilize a objetividade do lide.
Quanto ao "fim do jornalismo impresso", não gosto de profecias, mas acho que mudanças deverão ser implantadas como as que ocorreram há algumas décadas, quando os jornais se viram ameaçados pela TV. Acho que isso acontecerá naturalmente e os jornais continuarão a existir, mesmo com rádio, TV, World Wide Web e tudo o que vier".
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