quinta-feira, junho 19, 2003

O Futuro do Jornalismo


Declara��o do Presidente Bollinger ao Columbia News

Joseph Pulitzer foi o fundador da escola de jornalismo da Universidade de Columbia nos EUA. Esta escola foi criada num per�odo conturbado (in�cio do s�culo XX), marcado pela instabilidade social e por uma r�pida transforma��o do papel do jornalismo na sociedade.

Acabados de entrar num novo s�culo, tamb�m este marcado por uma certa instabilidade e por algumas altera��es sociais, importa reflectir sobre o papel do jornalismo e, sobretudo, no papel do ensino do jornalismo no s�culo XXI.

Foram realizados alguns encontros na Universidade de Columbia, onde se debateu a quest�o de que modelo seguir no ensino do jornalismo no s�culo XXI. Para tal, foram convidados importantes representantes do jornalismo norte-americano. Os encontros foram mediados pelo presidente Bollinger. Em declara��es ao Columbia News, Bollinger come�ou por afirmar que o jornalismo e a imprensa livre s�o partes constituintes das sociedades. A qualidade de vida da democracia, da sociedade civil e dos mercados livres depende da qualidade de pensamento e discuss�o patente no jornalismo. No entanto, tem-se vindo a verificar que a tend�ncia � para a fus�o dos grande grupos econ�micos, nomeadamente doas grupos ligados � comunica��o social.

A melhor forma de lidar com estas realidades (a import�ncia do jornalismo na sociedade e a tend�ncia para as fus�es) �, segundo Bollinger, o jornalismo se afirmar como uma profiss�o, com fortes valores e padr�es. O jornalismo pode funcionar inserido num mercado. N�o h� nenhuma incoer�ncia nesse facto.
Bollinger declara que as universidades t�m uma importante tarefa na defini��o de um curr�culo apropriado para o ensino do jornalismo, tal como acontece nos outros cursos, tais como a medicina ou o direito.

Os cursos de jornalismo devem, na �ptica de Bollinger, ser leccionados por jornalistas e devem ser capazes de oferecer um conhecimento e uma troca intelectual com pessoas de outras �reas.

Bollinger refere ainda que as escolas de jornalismo t�m de garantir aos seus alunos os princ�pios b�sicos da escrita jornal�stica, a capacidade de �pensarem como um jornalista�, a aprendizagem acerca do desenvolvimento da profiss�o e, por fim, t�m de garantir que os estudantes adquiram uma identidade profissional, o que inclu� os princ�pios morais e �ticos da profiss�o que devem conduzir o seu comportamento enquanto profissionais.

O facto dos jornalistas necessitarem de ter um conhecimento elevado acerca das mat�rias que reportam � outra quest�o que Bollinger levanta. As hist�rias t�m de ser contextualizadas e a cr�tica que tem sido feita � imprensa �, precisamente, a falta de enquadramento das not�cias. Como tal, � necess�rio os estudantes terem um conhecimento substantivo do mundo que os rodeia. Isto � poss�vel se houver um interc�mbio de conhecimentos das v�rias �reas e esfor�os conjuntos para envolver as escolas de jornalismo com os restantes cursos universit�rios.

Bollinger faz ainda uma refer�ncia para o facto do jornalismo ter de ser ensinado no terreno, ou seja, atrav�s de experi�ncias pr�ticas, criando, por exemplo, jornais acad�micos onde os alunos possam participar.

Esta declara��o finaliza com a constata��o de um facto: � imposs�vel licenciar um sistema oficial de forma��o de jornalistas, o que possibilitar� o aparecimento de jornalistas n�o licenciados. O objectivo � criar programas educacionais que atraiam os futuros profissionais, chamando-lhes a aten��o para a import�ncia da forma��o profissional no sucesso da carreira e da vida.


Dica de As Comunicativas

O �nico coment�rio que eu posso fazer �: h� ainda tanto para fazer que, quando l� chegarmos, se calhar, o jornalismo precisar� ser adaptado a outras realidades, completamente diferentes... No entanto, aguardo outros coment�rios.

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