domingo, junho 01, 2003

O jornalista Orlando de Sousa Castro, no seu site, faz a pergunta: Então onde param os Jornalistas?
E responde: Cada vez mais a máquina comercial que comanda a Imprensa impõe regras que fazem dos jornalistas uma espécie em extinção e que tende a ser substituída pelos autómatos de serviço nas redacções. Todos (?) nos recordamos que quando um cão morde um homem, isso não é notícia. Notícia será (seria) se o homem mordesse o cão. Em alguns jornais nada disto é verdade. Só pede para sair quem, afinal, quer ficar. O comodismo é a esterilidade da criação - urge reagir. O possível faz-se sem esforço. Entre a ignorância e a sabedoria só vai o tempo de chegar a resposta.
Pensa que é bom Jornalista só porque assina textos? Então poderá pensar também que é um bom pintor só porque conhece as cores do arco-íris. Enquanto uns perguntam o que não sabem e só são ignorantes durante o tempo que leva a chegar a resposta, outros preferem ficar ignorantes toda a vida. Os Jornalistas não escapam à regra. No jornalismo é cada vez mais comum confundir a crítica com a traição, o contraditório com a desobediência. Como Jornalista não preciso de ninguém que esteja sempre de acordo comigo - para isso basta a minha sombra.

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