sexta-feira, março 26, 2004

Informa��o desportiva

Virtudes e defeitos
da Informa��o Desportiva


O Instituto Nacional do Desporto (IDP) prop�e-se dissecar, numa confer�ncia internacional agendada para o pr�ximo m�s, em Lisboa, a not�cia desportiva e a sua correla��o com a sociedade, o idioma e a estat�stica.

O IDP e a IASI - International Association for Sports Information - v�o promover, nos pr�ximos dias 14 e 16 de Abril, osdebate �Os novos desafios da Informa��o Desportiva�. Acima de tudo, pretende-se que este debate, a decorrer na cidade de Lisboa, �seja um instrumento de promo��o e debate sobre temas estruturais da documenta��o e informa��o desportiva�.

No dia 14, Gretchen Ghent, respons�vel pela documenta��o desportiva na Alemanha e Alain Poncet, presidente da Comiss�o da IASI, ser�o os oradores de honra, sendo que este �ltimo far� incidir a sua ora��o nas redes de informa��o desportiva. No segundo dia, Bruno Rossi Mori ir� mencionar quest�es estat�sticas, enquanto Jill Haynes ir� falar sobre publica��es no desporto. No �ltimo dia, o ponto alto ser� o f�rum designado �Poder e Informa��o�, com um painel ainda por definir.

Jos� Eduardo Cordovil, presidente do IDP salienta que este f�rum tem �v�rias vertentes de an�lise, da utiliza��o da documenta��o � linguagem, passando pelo impacto da organiza��o social e das rela��es de poder�. O intuito, acrescentou, �� proporcionar, a todos os que se dedicam profissionalmente ou n�o � problem�tica da informa��o na �rea do desporto, a oportunidade de colocarem quest�es sobre os mais variados aspectos�.

O IDP considera, no entanto, a promo��o da l�ngua portuguesa uma mat�ria essencial e, desse modo, vai tamb�m este ser um tema abordado. Tratando-se de uma confer�ncia internacional, Jos� Eduardo Cordovil salienta que �� obrigat�rio estabelecer pontos de contacto no �mbito da terminologia das outras l�nguas envolvidas�.

quarta-feira, março 24, 2004

Ciberjornalismo

Ciberjornalismo na
Universidade do Minho


O Departamento de Ci�ncias da Comunica��o da Universidade do Minho organiza, na pr�xima sexta-feira, �s 14 horas, uma confer�ncia proferida pelo Prof. Xos� L�pez, da Universidade de Santiago de Compostela, subordinada ao tema "Os desafios do ciberjornalismo".

O Prof. Doutor Xos� L�pez Garc�a � decano da Faculdade de Ci�ncias da Comunica��o da Universidade de Santiago de Compostela desde 1997. Actualmente dirige o Observat�rio de Comunica��o Local e o Observat�rio de Jornalismo.

Clicar aqui para mais informa��es.

quarta-feira, março 17, 2004

Princ�pios fundamentais

Princ�pios fundamentais
em defesa da liberdade de imprensa


O Sindicato dos Jornalistas (SJ), em documento entregue na Assembleia da Rep�blica, defende altera��es das leis penais no sentido de clarificar o �mbito do segredo de justi�a; de consagrar a audi��o do Conselho Deontol�gico pelos tribunais sempre que estejam em causa regras e pr�ticas profissionais; de garantir a protec��o do sigilo profissional em todas as circunst�ncias; e de corresponsabilizar as empresas jornal�sticas pelo trabalhos dos profissionais ao seu servi�o.

No parecer apresentado na audi��o na Comiss�o de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias da Assembleia da Rep�blica, em 16 de Mar�o, o SJ reafirma a sua convic��o de que as �limita��es e restri��es � liberdade de imprensa s�o j� suficientes, pelo que n�o dever�o ser alargadas�, antes importando �conformar a pr�tica com as disposi��es legais� existentes.

O que justifica a altera��o, segundo o SJ, � o enquadramento jur�dico respeitante ao segredo de justi�a, designadamente atrav�s da �clara exclus�o da ilicitude na revela��o de mat�ria em segredo de justi�a � actos processuais e documentos inclu�dos � quando se trate comprovadamente de den�ncia de irregularidades e/ou atentados a direitos fundamentais�. Esta medida, como o SJ sublinha, n�o exclui obviamente a �responsabiliza��o penal do jornalista, caso a pretendida den�ncia venha a revelar-se cal�nia infundada e infamante�.

Para ler o texto, na �ntegra, do documento do SJ, clicar aqui.

Entretanto, a presidente da Comiss�o Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Assun��o Esteves, disse-se �surpreendida pela positiva com a profundidade das propostas� apresentadas.

Jornalismo: menos apura��o, mais distribui��

Jornalismo:
menos apura��o, mais distribui��o


Um estudo realizado pelo Project for Excellence in Journalism, da Universidade de Columbia, detectou as principais tend�ncias do jornalismo americano. O diagn�stico aponta, entre outros itens, o decl�nio constante da audi�ncia dedicada a not�cias em quase todos os meios, com excep��o da Internet e dos media alternativos e "�tnicas". Indica que a maior parte dos
investimentos em jornalismo est� a ser feita na distribui��o e n�o na apura��o. Aponta cortes que est�o a ocorrer nas redac��es, n�o apenas no n�mero de profissionais, mas tamb�m no tempo reservado para apurar e transmitir as not�cias. Detecta tend�ncia crescente por parte dos ve�culos, especialmente canais de not�cias 24 horas e Internet, de apresentar a not�cia bruta como produto final, �s vezes sem s�ntese e sem organiza��o das informa��es.

A an�lise v� ainda tend�ncia � co-exist�ncia de diferentes padr�es jornal�sticos dentro de uma mesma empresa jornal�stica, com as varia��es ocorrendo em fun��o da plataforma do conte�do ou, at� mesmo, de programa para programa. Sugere que essa tend�ncia dificulta a projec��o de uma identidade ou marca. Pode ainda refor�ar a percep��o por parte do p�blico, j� expressa em pesquisas, de que h� falta de profissionalismo no jornalismo ou de que os jornalistas actuam motivados por interesses financeiros ou engradecimento pessoal.

A pesquisa indica que a converg�ncia, outra das tend�ncias detectadas, est� a ser menos amea�adora aos jornalistas do que parecia h� alguns anos. Aponta que, neste momento, o jornalismo online caminha mais na direc��o da converg�ncia com os meios antigos do que no sentido de substitui-los. Relaciona, no entanto, como ponto importante, a quest�o econ�mica e n�o a tecnologia. Embora os media online representem oportunidade e n�o canibaliza��o, ser� capaz de fornecer bases financeiras s�lidas para o trabalho jornal�stico como fazem a TV e o jornal?

A �ltima tend�ncia analisada pelo estudo sugere que aqueles que manipulam os media e a opini�o p�blica, est�o a ganhar vantagem sobre o jornalismo. Esse movimento deve-se, em parte, � lei da oferta e da procura - com mais ve�culos a competir pela informa��o, tudo se transforma num mercado de venda de informa��o. Outra raz�o para essa tend�ncia � a carga de trabalho dos profissionais - as reportagens dos canais de not�cias 24 horas, por exemplo, sugerem que poucas fontes foram ouvidas. Este cen�rio incentiva o "jornalismo de tal�o de cheques" - que pode ser visto nos esfor�os dos canais de TV para conseguir entrevistas com Michael Jackson ou com a soldado Jessica Lynch.

Para ler o estudo na �ntegra, clique aqui.

Dica de Raphael Perret

segunda-feira, março 15, 2004

Interc�mbio

Interc�mbio com jornalista brasileiro


Foi enviada hoje uma mensagem para o grupo Jornalistas Brasil-Portugal, criado recentemente, no sentido de se efectuar um interc�mbio entre jornalistas portugueses e brasileiros.

A proposta passa por, um jornalista portugu�s trabalhar num jornal brasileiro, durante um ou dois meses e, em contrapartida, um jornalista brasileiro vir trabalhar para um jornal portugu�s.

Alan Caldas, editor dos jornais em quest�o (Jornal Dois Irm�os e Jornal Est�ncia Velha) adianta que existem condi��es de acomodar l� um jornalista, inclusive com moradia, por um m�s ou dois e, em contrapartida, fazer o mesmo aqui. De prefer�ncia, Alan Caldas prefere que seja um jornal "n�o muito grande", pois estes jornais brasileiros, embora di�rios, s�o de cidades pequenas.

Quem estiver interessado, � favor entrar em contacto comigo para este endere�o de e-mail

sexta-feira, março 12, 2004

Os media e a cobertura dos atentados terroristas

Os media e a cobertura dos atentados terroristas


Interessante, o texto de Juan Lu�s Cebrian intitulado "Terrorismo en El Pozo". Neste artigo, o autor aborda a quest�o do papel dos media na cobertura do terrorismo.

Para ler o texto na �ntegra (em Espanhol), clicar aqui

Dica de Jornalismo e Comunica��o

quinta-feira, março 11, 2004

Jornalistas mortos em 2003

Jornalistas mortos em 2003


Trinta e seis jornalistas foram mortos no exerc�cio da sua profiss�o em 2003, um ter�o dos quais no Iraque, segundo informa o relat�rio anual do Comit� para a Protec��o dos Jornalistas (CPJ), sedeado em Nova Iorque. No documento, a organiza��o real�a que, quatro dos 13 profissionais mortos no Iraque foram v�timas de disparos efectuados por tropas norte-americanas, por ocasi�o do ataque ao Hotel Palestina em Bagdad, a 8 de Abril.

O balan�o do CPJ � negativo em rela��o ao ano anterior. Em 2002, tinham falecido 19 jornalistas em servi�o. O in�cio do conflito armado no Iraque, em 2003, veio agravar os riscos para os profissionais da Comunica��o Social, mas estes n�o ficaram circunscritos aos palcos de guerra, sentindo-se com especial incid�ncia nas Filipinas, onde se contabilizaram cinco jornalistas assassinados depois de terem desvendado ou criticado casos de corrup��o no seu pa�s, e tamb�m na Col�mbia, com quatro profissionais mortos. Na R�ssia, o chefe de redac��o de um jornal "inc�modo" foi apunhalado ao p� da sua pr�pria casa. Tamb�m no Ir�o, o CPJ relata a morte de uma fotojornalista de origem irano-canadiana, Zahra Kazemi, depois de ter sido presa quando fotografava a pris�o de Teer�o.

O relat�rio do CPJ recorda ainda que, a 31 de Dezembro de 2003 estavam detidos 136 jornalistas no mundo inteiro, com o recorde a ir para a China, onde estavam detidos 39 profissionais da imprensa, seguida por Cuba, com um total de 29 jornalistas condenados a penas de pris�o entre os 14 e os 27 anos, em consequ�ncia da onda de repress�o sobre os dissidentes e a imprensa independente logo no in�cio do ano.

Alguns dados
Entre os 346 profissionais mortos na �ltima d�cada, 51 eram "cameramen", fotojornalistas ou operadores de som e 53 eram rep�rteres de r�dio (17 dos quais de um s� Pa�s, a Col�mbia). Desse total, onze eram de nacionalidade norte-americana.

Os anos mais mort�feros para o jornalismo foram 1994, com 66 profissionais assassinados, 1995 com 51, 2001 com 37 (dos quais 8 no Afeganist�o) e 2003, com 36.

Os pa�ses onde mais jornalistas morreram foram a Arg�lia (51), a R�ssia (30) e a Col�mbia (31).


Dica de P�blico

terça-feira, março 09, 2004

Jornalistas mulheres

39,1 por cento dos Jornalistas portugueses s�o mulheres


As mulheres jornalistas portuguesas com carteiras profissionais v�lidas s�o actualmente 2.783, num total de 7.117 profissionais do sector, o que significa que representam 39,1 por cento do total, segundo dados da Comiss�o da Carteira Profissional de Jornalista.

Em menos de 20 anos, o n�mero de mulheres aumentou cerca de 20 por cento. De acordo com os dados da comiss�o da carteira, em 1987 as mulheres eram apenas 254 (19,8 por cento), num total de 1.281 jornalistas, mas dez anos depois (1997) j� representavam 32,8 por cento do total (1.394 mulheres em 4.247 jornalistas).

Este crescimento tem vindo sempre a ser acentuado: as 254 jornalistas existentes em 1987 passaram a 602 em 1990 (25,4 por cento do total), subindo depois para 1.126 em 1994 (29,2 por cento do total) e para 1.394 em 1997 (32,8 por cento do total).

Apesar de o peso de homens continuar a ser superior ao das mulheres, tem vindo a baixar desde 1987. Em 1997 os homens representavam 80,2 por cento dos jornalistas, em 1990 representavam 74,6 por cento, em 1994 eram 70,8 por cento. Em 1997 havia 67,2 por cento de homens jornalistas e actualmente 60,9 por cento do total de profissionais do sector s�o do sexo masculino.

Dica de P�blico

At� no jornal onde eu trabalho se pode constatar esta realidade; e logo pelo �elo mais forte�: temos uma directora e n�o um director e, dos tr�s editores, duas s�o mulheres. Dos 16 jornalistas que comp�em a redac��o onde trabalho, nove s�o mulheres�

quinta-feira, março 04, 2004

Ordem dos Jornalistas

Ordem dos Jornalistas


O ex-director do "Di�rio de Not�cias", M�rio Bettencourt Resendes, defendeu em Macau a necessidade de serem criados mecanismos que garantam a credibilidade dos "media" e dos jornalistas, exemplificando com a Ordem dos Jornalistas.

No semin�rio "A imprensa portuguesa e Macau", organizado pelo Instituto Internacional de Macau, Bettencourt Resendes falou sobre "A batalha da credibilidade" e sublinhou que a "credibilidade dos 'media' hoje em dia � tamb�m a credibilidade de toda uma outra s�rie de actividades".

"Vivemos momentos de transi��o complexos nas nossas sociedades abertas e modernas e portanto � fundamental que n�s, jornalistas, saibamos arranjar filtros e crivos de credibilidade porque isso � fundamental at� para a pr�pria sustentabilidade a prazo do regime democr�tico, que � um bem precioso mas � uma flor muito sens�vel e tem de ser regada com muita regularidade", afirmou.

Por isso, o antigo director do "Di�rio de Not�cias" defende a cria��o de uma Ordem dos Jornalistas e a auto-regula��o como "a melhor forma de prevenir tenta��es castradoras por parte dos poderes pol�ticos".

"� fundamental que n�s jornalistas nos organizemos de forma que o poder de sancionar erros e distor��es da nossa actividade seja exercido por n�s pr�prios de forma cred�vel, aceite por toda a classe", defendeu ao salientar ser essa a "forma mais segura" de evitar "a tenta��o legislativa castradora e restritiva".

Dica de P�blico

Pergunta: Ser� que os jornalistas querem uma Ordem que regulamente e "vigie" o seu trabalho???

Direitos de autor

Discuss�o dos direitos de autor dos jornalistas adiada


A discuss�o do projecto de lei do PS que regula a protec��o dos direitos de autor dos jornalistas (N� 50/IX), prevista na Subcomiss�o Parlamentar de Direitos Fundamentais e Comunica��o Social, foi adiada por mais um m�s. O deputado Campos Ferreira (PSD) solicitou mais tempo porque "quer ouvir novas entidades", ao que o deputado Arons de Carvalho (PS) retorquiu que "o diploma tem mais de um ano e j� houve tempo para ouvir quem quer que seja".

Encerrando uma quest�o que ficou resolvida em poucos minutos, o presidente da subcomiss�o (Hugo Velosa, do PSD) decidiu que eventuais propostas de altera��o "ter�o de dar entrada o mais tardar at� ao fim de Mar�o". O projecto de lei, aprovado por unanimidade na generalidade em Janeiro do ano passado, visa adaptar a legisla��o �s realidades recentes de concentra��o de meios de comunica��o em grupos empresariais e de difus�o de trabalhos jornal�sticos na Internet. "O que n�s pretendemos � a elencagem das cl�usulas contratuais proibidas", disse na altura Arons de Carvalho � Lusa.

No texto diz-se, nomeadamente, que "a lei aplica-se independentemente do suporte de publica��o" e que "s�o proibidas nos contratos, as cl�usulas que disponham sobre o conte�do dos direitos morais do autor".

Dica de P�blico

quarta-feira, março 03, 2004

Lugar de foca n�o � mais na Pol�cia, mas na Internet

Lugar de foca n�o � mais na Pol�cia, mas na Internet


Por Jo�o Carlos Firpe Penna, Jornalista e professor de Jornalismo

1985: Aprendi a ser jornalista ouvindo frases do tipo: "Lugar de foca � na (editoria de) Pol�cia"; "rep�rter que n�o passa por redac��o (da grande imprensa) n�o ser� nunca um jornalista completo"; "o bom rep�rter tem que ir para a rua cavar mat�ria".
1990: alguns anos depois de formado (e de ter ido trabalhar num jornal di�rio) eu fui professor de jornalismo recitando essa cartilha. Cheguei a dizer na sala, lembro-me, que todo jornalista precisava 'ter tinta na veia'.

1995: o Brasil come�a a entrar de vez para o maravilhoso mundo da Tecnologia da Informa��o, e o jornalismo vive, mesmo que involuntariamente, um processo r�pido - ainda que nebuloso - de busca de novas formas de express�o.

2000: a Internet torna-se uma realidade irrevers�vel na sociedade, assim como a TV por cabo, telem�veis, a informa��o em tempo real e os ambientes virtuais de comunica��o.

Hoje: o jornalismo vive uma fant�stica mudan�a de paradigmas, envolvendo todas essas fases descritas. Falta aos jornalistas, contudo, uma percep��o mais cristalina dessa transforma��o.

Ou seja, lugar de rep�rter n�o � mais necessariamente na pol�cia, nem mesmo necessariamente nas reda��es insalubres e muito menos necessariamente nos botequins da madrugada ap�s uma exaustiva jornada de trabalho.

Evidentemente que n�o se trata de desmerecer o trabalho dos profissionais que continuam a carregar a m�dia di�ria nas costas. Mas j� � poss�vel ser feliz sem passar necessariamente por tudo isso. N�o � preciso mais (se � que um dia foi) acompanhar a ronda da PM na noite para aprender a ser jornalista de verdade.

O jornalismo entra no S�culo XXI de peito aberto para um mundo muito mais ecl�tico e diversificado, menos preconceituoso, repleto de oportunidades, aberto para o desconhecido e para novas possibilidades. Enfim, um mundo onde � poss�vel ser mais alegre com a cria��o jornal�stica, em ambientes menos "emburrecedores" e mais produtivos.

S� para registar o �bvio, hoje o mercado j� pede rep�rter para trabalhar em revistas virtuais e para fazer coberturas online. E essas demandas j� corriqueiras s�o apenas a ponta do iceberg da montanha de possibilidades que est�o por vir.

Cabe a n�s, jornalistas (velhos, maduros, experientes, desiludidos, novos, estagi�rios, estudantes de in�cio de curso) partirmos em busca do novo e do desconhecido.

Para captar de verdade a for�a da express�o "mudan�a de paradigma'" � preciso, sem d�vida, um pouco de ousadia. Uma ousadia que deve vir atrelada � compet�ncia e ao profissionalismo.

Dica de Jornalistas da Web

Dom�nio de grupos econ�micos

Jornalista da RTP critica dom�nio de grupos econ�micos


A jornalista da RTP F�tima Campos Ferreira criticou ontem em Macau o dom�nio da comunica��o social pelos grandes grupos econ�micos. Os jornalistas s�o hoje uma �esp�cie de assalariados� dos grandes grupos econ�micos que dominam a comunica��o social, afirmou a tamb�m professora de jornalismo televisivo, ao intervir no semin�rio �Os media Portugueses e Macau�.

�� um equivoco dizer-se que os jornalistas s�o o quarto poder, eles t�m mesmo muito pouco poder�, sublinhou. Para F�tima Campos Ferreira, os jornalistas �est�o sujeitos a condi��es de trabalho nem sempre ideais e sobretudo existem muitos 'lobbies' de interesses de v�rios sectores - n�o s� econ�micos mas de outros como a justi�a - que hoje pressionam os meios de comunica��o atrav�s desses grupos econ�micos�.

O jornalista de hoje, disse, tem as suas condi��es de trabalho �muito fragilizadas� por via da grande concentra��o econ�mica dos �media� e de uma grande oferta de trabalho. �O jornalista luta contra todas estas quest�es mas � dif�cil fazer um jornalismo profissional, isento e objectivo sobretudo numa altura em que os pr�prios Conselhos de Redac��o tamb�m perdem terreno�.

Para F�tima Campos Ferreira tudo isto acontece numa �poca de �globaliza��o que � partida facilitaria mais a liberdade de express�o e a transmiss�o de ideias� mas �est� a ter um efeito contr�rio, ou seja, que a liberdade de express�o est� a ser coarctada por uma s�rie de fen�menos curiosos� como a concentra��o dos media.

Instada a comentar a corrida �s not�cias e o espect�culo medi�tico do processo Casa Pia, F�tima Campos Ferreira diz que o momento da divulga��o da not�cia pelo �Expresso� e pela SIC tem de ser elogiado mas depois a �voracidade de chegar � antena primeiro [com] a not�cia tem sido prejudicial para um jornalismo rigoroso�.

Na mesma sess�o falou tamb�m o director da revista �Vis�o�, Carlos C�ceres Monteiro, que abordou a tem�tica �A Europa e a �sia face ao novo papel dos Estados Unidos como pot�ncia imperial�.
Hoje os dois oradores de ontem juntam-se a M�rio Bettencourt Resendes, do grupo Lusomundo, para falarem sobre a imprensa portuguesa e Macau num debate moderado pelo director do jornal "Tribuna de Macau", Jos� Rocha Dinis.

Dica de P�blico

Que engra�ado� Lendo este texto d� a sensa��o que a F�tima Campos Ferreira j� trabalhou no jornal onde eu trabalho, tal a exactid�o das suas afirma��es.
E mais n�o digo. Quem quiser que diga o resto�

terça-feira, março 02, 2004

Os piores lugares do mundo

Os piores lugares do mundo


O Comit� para a Protec��o dos Jornalistas (CPJ, sigla em ingl�s) comemora o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, no dia 3 de Maio. Para esse efeito, nomeou os piores lugares do mundo para exercer o jornalismo. A lista de 10 lugares representa toda uma gama de amea�as actuais � liberdade de imprensa.

A encabe�ar a lista, aparece o Iraque. A brutal ofensiva lan�ada no ano passado, em Cuba, pelo governo de Fidel Castro levou 28 jornalistas ao c�rcere, onde cumprem longas penas de pris�o de at� 27 anos. Por esse motivo, Cuba aparece em segundo lugar. Ainda durante o ano passado, os jornalistas independentes do Vietname que se atreveram a criticar o governo do Partido Comunista na imprensa escrita ou na Internet, foram perseguidos, postos sob vigil�ncia ou enviados � pris�o. Tal atitude valeu-lhe um "honroso" terceiro lugar. O CPJ tamb�m colocou o Afeganist�o, Tchech�nia, Faixa de Gaza e Cisjord�nia, Eritreia, Togo, Col�mbia e Belarus na lista dos piores lugares para se ser jornalista.

De referir que muitos jornalistas que d�o a conhecer as not�cias destes lugares, realizaram o �ltimo sacrif�cio; outros est�o na pris�o cumprindo longas condena��es, assinalou Joel Simon, director em exerc�cio do CPJ.

Mas o que interessa � que os seus colegas continuam a enfrentar ofensivas dos governos, viol�ncia f�sica, duras leis de imprensa e o fogo indiscriminado; tudo, para continuarem a oferecer as not�cias aos seus leitores.

Pergunto eu: Para quando um jornalismo livre?